
Confesso que me enganei,
Nem tudo foi como eu quis,
E a luz dos meus olhos
De prata virou aço e de aço solidão,
Perdi a fé e o caminho,
Nada explica nem consola deixar de existir,
E o mal maior parecia estar,
Não dentro de mim, mas nas mãos de quem tentou me ajudar,
Eu nunca quis te machucar,
E quanto mais eu me feria
Mais me doía ver você sangrar,
O que era medo hoje é motivo,
E os erros são as lições,
Tenho a sorte fiel escudeira como tenho você,
Agora estou tranquilo assim,
Tenho a mim mesmo e sei que tenho abrigo,
Tenho minhas asas
Ainda tão fortes que posso te levar comigo.
Dama do Lago
Marcelo Bonfá / Gian Fabra
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Depois de tantos tropeços, de ficar um bom tempo correndo atrás do próprio rabo, hoje começo um novo tempo, com novas esperanças e expectativas... Comecei a me mover. Sempre me tranquei, não me permiti viver, mergulhado o tempo todo em minha própria alma, com suas dores, neuroses e angústias.
A dor vícia, já dizia Maysa, e é a mais pura verdade, a dor é segura, um canto escuro do pensamento, onde ninguém lhe vê...
Hoje comecei a sair, busco alegria, busco a minha felicidade diária! Chega de sombras, de amigos chatos, de ser e viver apenas depressão, de amar sem que seja recíproco, chega da Mesmíce e da Vitimíce, hoje estou apaixonado por mim, sendo o meu próprio amante, desesperado, com fome, pressa, porém terno, cuidando de mim... Não digo que não tenho mais medo do mundo das pessoas e até de mim mesmo, mas agora estou posta de frente e mesmo com medo estou pronto para enfrenta-lo...
Venha!! Vamos sentir a dor dessa manhã...
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