"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

MINHA RAZÃO EXISTENCIAL




Deus meu! O que faço neste orbe aziago?
De onde vim e que destino terá meu ser?
Viajante inóspito que nesta vida divago,
Num destino sórdido para nada aprender.


Estúpido, legenda aposta em meu saber,
Sou miséria de um homem em desalento,
Na busca obstinada em se auto-conhecer,
Navega na revolta este meu sofrimento.


O mistério da vida nunca me foi revelado,
Busco a causa de uma razão existencial;
Neste mundo não quero ser um destinado,
A não ver a dor como fator evolucional.


Dorido vale de lágrimas, vejo este espaço,
Que sempre desconheceu a vesga religião,
Vilipêndio à verdade pura que me desfaço,
Da história que não começou com Adão.


Encarcerado pela ausência da sabedoria
Divina, que há muito almejo em a obter,
Das minhas abstrações faço a apologia,
A um ímprobo desejo de o céu entender.


Ah, Universo! Causa em complexidade!
Eu, mero mortal, sou efeito desta fusão,
No esquema cósmico, sua conexidade,
Fudamento básico de toda uma razão.




Rivadávia Leite

Um comentário:

Vou Ser Feliz e Já Volto disse...

Parabéns pelo blog. Tá lindo!
e a escolha dos poemas também, demais!
Vou sempre passar por aqui pra me enriquecer um pouco mais de poesia.

Bjs,

Dallva Olliver