"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Canção para um Desencontro




Deixa-me errar alguma vez,

porque também sou isso: incerto e duro,

e ansioso de não te perder agora que entrevejo

um horizonte.

Deixa-me errar e me compreende

porque se faço mal é por querer-te

desta maneira tola, e tonta, eternamente

recomeçando a cada dia como num descobrimento

dos teus territórios de carne e sonho, dos teus

desvãos de música ou vôo, teus sótãos e porões

e dessa escadaria de tua alma.Deixa-me errar mas não me soltes

para que eu não me perca

deste tênue fio de alegriados sustos do amor que se repetem

enquanto houver entre nós essa magia.


Lya Luft

Um comentário:

Vou Ser Feliz e Já Volto disse...

Gosto demais desse poema de Lya Luft e foi muito feliz a sua escolha. Sem essa de perfeição, como Lya Luft mesma diz: somos processo.

bjs,

Dallva Olliver