
Deus meu! O que faço neste orbe aziago?
De onde vim e que destino terá meu ser?
Viajante inóspito que nesta vida divago,
Num destino sórdido para nada aprender.
Estúpido, legenda aposta em meu saber,
Na busca obstinada em se auto-conhecer,
Navega na revolta este meu sofrimento.
O mistério da vida nunca me foi revelado,
Busco a causa de uma razão existencial;
Neste mundo não quero ser um destinado,
A não ver a dor como fator evolucional.
Dorido vale de lágrimas, vejo este espaço,
Que sempre desconheceu a vesga religião,
Vilipêndio à verdade pura que me desfaço,
Da história que não começou com Adão.
Encarcerado pela ausência da sabedoria
Divina, que há muito almejo em a obter,
Das minhas abstrações faço a apologia,
Ah, Universo! Causa em complexidade!
Eu, mero mortal, sou efeito desta fusão,
No esquema cósmico, sua conexidade,
Fudamento básico de toda uma razão.
Rivadávia Leite
Um comentário:
Parabéns pelo blog. Tá lindo!
e a escolha dos poemas também, demais!
Vou sempre passar por aqui pra me enriquecer um pouco mais de poesia.
Bjs,
Dallva Olliver
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