O beijo, o toque...
O seu tinha uma mistura, era doce com um toque de cevada e desejo. Mãos quentes e olhos fechados, no escuro do carro, quase amantes, ilegais no calor do hálito e na pressa de sentir, conhecer e ter para sí o gosto alheio. Na dança entre línguas sáliva e mãos que sábiam bem onde tocar, quase me perdi, na verdade me perdi naquela eternidade de prezer, um calor intenso na barriga e o gosto que arrancava a cada mordida, beijo, carícia e olhar...
Nos seus olhos ví o desconhecido, uma noite escura e como isso me atrái, andar pelo desconhecido, não ter rumo, os olhos não me diziam nada e isso me instigava mais e mais, agora sei que aquilo é o seu truque, sua forma tão singela de pedir para voltar e te desvendar...
Mas que beijo..
Renato de Oliveira Santos
2 comentários:
Um delongar tão explícito, tão caliente... expressões tão delicadas, tão prazerosas...
Um momento tão atual, ou um sentimento guardado?
A interrogação foi feita para que a imaginação fluisse
Parabéns pelo pensamento, uma forma existencial de mostrar seu lado poético...
tudo nos leva a refletir...
Com esse poema eu consigo enxergar uma semelhança entre a escrita poética e saborear um prato. O quao as combinações de palavras e de ingredientes, misturardas e conjugadas de forma tal que quando juntas nos levam a outros lugares, lembranças, emoções e sensações ou seja, lembramos do prazer da vida.
ao meu garoto apreciador de poesias
do Chef, rsrs
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