"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


BUSCA...

" 'O que será que vem depois que formos felizes? O que vem após alcançarmos a sonhada felicidade?' (Clarice Lispector)
Poderia dizer como um questionamento a meu próprio questionamento, que a vivência e a capacidade de intensificar cada vez mais nossa busca pela felicidade, seria o ato de ser feliz... sendo assim, não existe felicidade absoluta, mas sim uma vivência dessa infinita sensação de completude, que no limiar de sua significância, teríamos a necessidade de seres para assim a realizar. Mas outros questionamentos vem, e sempre estaremos nesse cíclico meio de relações e pensamentos... filosofar, poderia ser nesse momento, o ato mais sublime de praticar a arte do saber em suas múltiplas denominações.
Saber o que mesmo? Eis nossa busca: o intensificar cada vez mais nossa frágil estrutura humana, o encontrar objetivos para assim o viver, semear em cada terreno que nos é oferecido, separar nossas limitações e intensificar nossas realizações, uma série de inquietude que não nos torna diferentes dos muitos entes existentes. Tudo o que existe pelo outro pode ser reduzido aquilo que existe por si, como à sua causa primeira, por esta razão é necessário que exista uma determinada coisa que seja causa do ser, para todas as outras coisas virem a ser... seria até de natureza inteligível tentar compreender a capacidade humana que temos de encontrar no ser a fonte do nosso devir..."

Texto de Renato Barbosa de Sousa

******************************************************************************************************

Quem sabe o que há além do arco íris ? A felicidade pode ser um evento sem fim ou a reunião de muitas alegrias diárias? Não se sabe, também não faço a minima idéia... "não sei para onde ir", só sinto que o amor me traz esse sentimento, essas alegrias diárias e momentâneas...
Por que tentar descobrir os mistérios da vida se o mais interessante e entrar numa noite escura, de olhos vendados e se jogar sem medo nesse mar desconhecido, que venha o infinito...

Prefiro não entender...

Um comentário:

*lua* disse...

Acho que entender a vida é um ato tão complexo, quanto buscar a verdade impregnada em nossa alma. Tenho grande medo e receio de olhar para dentro de mim e ouvir os ecos angustiados de meu espírito e torno-me insana ao fazer o mesmo olhando ao meu redor! Beijo