"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Para você Meu Raio de Sol!!!

Hoje recebi um texto e me senti desnudo, como se esse autor tivesse arrancado minhas roupas com tamanha violência, que simplismente fiquei sem ação... Não sei quanto tempo fiquei alí sozinho, num canto escuro do pensamento, sentindo a luta sendo travada em mim. A velha tristeza, a dor e a deseperança que a muito vivem a meu lado contra um frágil Raio de luz, uma imagem e uma voz... Um afeto que mesmo tento vindo de longe iluminou por um instante me fez feliz venceu a barreira que tenho ao meu redor, aqueceu o meu coração que a muito apenas tremia nesse deserto gelado do meu peito, conseguiu me tirar da posição que ocupava como mero espectador de mim mesmo. Sempre estava por detrás dos olhos, ainda estou frágil e solitário demais, Mais é incrível que um simples raio de sol ultrapassou meu escudo, achou a fenda em minha armadura e me fez chorar de alegria, Nem me lembro se um dia senti lágrimas tão quentes, sem aqueles ar fúnebre que sempre sentia em mim...
Naquela madrugada me exerguei por apenas um isntante, um caminho diferente, mais tive que me prender ao chão, outra vez não sei se consigo suportar... Tudo estava tão calmo, mesmo triste e cinza já havia conseguido bloquear um pedaço dessa dor que me virava do avesso: Quantas vezes tentei morrer, pedi para morrer, mais sempre desistia, talvez por minha própria fraqueza ou por medo de encarar um inferno maior que esse, só uma vez toquei a anca da morte e ela sorriu para mim... Ainda é melhor carregar minha bola de ferro, ser um fantasma em meio aos vivos, ser eu mesmo...
Depois de ter dançado essa valsa singelissíma, a ausência e a solidão me colocaram em frente ao espelho e ví como estou só, o quanto que um abraço, um colo e uma palavra me fazem falta, sinto falta do que nunca tive, sinceramente não sei se vou ter algo sincero e nem se estarei pronto a receber a felicidade de braços, como Maysa disse: "A tristeza vícia", quem sabe ela estava certa quem sabe...

Ps. Mesmo assim danço um trecho dessa madrugada a toda hora, pois a saudade me faz ouvir músicas que me fazem mesmo que por poucos instantes me esquecer da dor e da agonia e esse Raio de luz voltasse a aquecer meu coração....

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