"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Flores murchas

Não sei se era para ser assim...
Apenas aconteceu...
Nem sei quando foi tocado por essa dor, apenas quando percebi, já tinha tomado toda a minh'alma, me deixando assim: Seco e sem direção, sempre caminhando no fio da navalha ajoelhado pedindo para cair, me vendo em desepero, lutando e sempre me perdendo...
Por quê tudo tem que ser tão cinza? Até mesmo o sol não tem o mesmo brilho, senti seus raios e tinham tanto a calor, e como sinto frio!
Mais eu tenho trevas, eu sou trevas...
Olhe para mim! Me veja! As respostas para essa dor estão no fundo dos meus olhos, sei que por um instante vai entender tudo oque tenho dentro de mim, esse mantra de agonia e desespero que a cada dia se torna mais intenso como um êxtase de dor e gelo, minhas muralhas apenas não me deixam sair, mais tudo transpassa e me atinge em cheio... Tudo chega até mim e nem sei se consigo mais sentir-me nesse mar, apenas doe e doe, trancado por detrás dos olhos observando um imenso jardim de flores murchas mesmos antes de nascida.

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