"Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…" (Antoine de Saint-Exupéry - Trecho de "O Pequeno Príncipe")

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Estamos sempre a nos compor...


"...Que a vida da gente é uma eterna canção por compor..."

Vander Lee

Sempre vejo minha vida igual a “Metal contra as nuvens”! Uma suíte em centenas de partes, algumas felizes e outras, ou a maioria, perdido no poço, confuso e com a dor e a solidão como companheiras fiéis, dentro do pensamento. Estranho como podemos viver dentro de nós mesmos, um infinito particular, no meio da ponte que liga dois mundos... Ainda vivo em mim, gosto desse mundinho gostoso, um infinito particular. Em anos de prática na vida sozinho, tenho uma casa interior um pouco explorada, porém, uma bagunça espetacular, o produto de vários furacões sucessivos e invernos seguidos... Claro, nesse momento toca uma parte calma, tranqüila e feliz, muito feliz!!! Ainda sim, tenho medo da chuva e do inverno, porque vivo em movimento e estou sempre a me compor, sempre a me compor...


Renato de Oliveira Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

querido, acredito que essa seja uma das maravilhas de viver: a satisfação de encontrar-se consigo mesmo, de desvendar seus mistérios, podendo assim completar-se em um outro... mesmo que seja apenas em fragmentos de um Eu resguardado...